terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Pucón - Vulcao Villarica


E finalmente o grande momento, a razao de eu ter vindo pra Pucón: ver a neve e subir no famoso vulcao. Acordamos as 6h da manha, preparei meu café, lanches, água e gatorade que tinha comprado no dia anterior e fomos pra agencia. O dia estava ensolarado, ao contrario de ontem quando cheguei na cidade. Colocamos nossas coisas na mochila que eles fornecem e calcamos as botas pra poder chegar no Parque Nacional Villarica.
Muitas vans chegaram ao mesmo tempo, mas os grupos se organizam numa ordem que eles estabelecem e comecam a subir o vulcao, primeiro na parte rochosa e depois na neve. Pensei que o percurso nas rochas fosse fácil, mas já me cansou muito. Senti falta de fazer spinning e muscula cao este ano, minha resistencia fisica nao era das melhores e achei que nao ia conseguir subir já desde o início, mas queria ao menos chegar na neve. Depois de umas 4 paradas para descansar e tomar água, chegamos na parte com neve. Vi que ainda tinha resistencia e segui com o grupo. Minha colega carioca nao conseguiu chegar aqui.
À medida que íamos subindo, íamos acrescentando alguns esquipamentos, a roupa impermeável, luva, gorro. Ficava cada vez mais difícil de respirar e de levantar as pernas. O percuso na neve é feito em zigue-zaque e é como se tivesse subindo escadas, mas com todo o equipamento nas costas e o vento frio na sua cara. É fundamental óculos de sol.
Após algumas paradas foi ficando cada vez mais dificil pra mim, eu já era o último do grupo. Na próxima parada o instrutor me colocou na frente e aquilo me deu um pouco mais de ânimo pra continuar. Mas infelizmente, 2 paradas depois eu já nao conseguia mais, era muito dificil, era a ultima parada antes de topo, que ja estava a 80 metros ou 40 minutos de caminhada. Mas como o tempo nao estava favorável pra descer de esquibunda no ultimo trajeto, resolvi descer dalí já que teria que caminhar de qualquer jeito e fiquei com medo de nem conseguir descer, o que é mais assustador do que subir, porque a vista é incrível e aquela última parte é muito íngreme.
Desci caminhando devagar com a instrutora e quando deu, fizemos o famoso esquibunda na neve, ajudando a descer boa parte do percurso. Muito bom e divertido, pena que estava tao esgotado. Pouco tempo depois que descemos o grupo chegou, depois ter subido no topo. Ah, eu cheguei a ver a fumaca saindo do vulcao numa pequena erupcao que ocorreu quando estava na parte mais alta. É assustador! rsss
Apesar de ter faltado tao pouco, valeu a pena pela vista, pelas fotos, pela experiencia, pela aventura. Um dia se eu voltar a Pucón, agora em melhor forma física, chego ao topo!

Pucón - Rafting


No domingo a noite, já estava tudo programado para ir pra Pucón, no distrito dos lagos ao sul do Chile. Comprei a passagem num ônibus semi cama da Pullmán, por cerca de 15000 pesos. O ônibus sai do terminao Sao Borja na estacao central no metro, linha vermelha. Já sai praticamente dentro do terminal e nao pareceu ser perigoso. É um terminal grande com ônibus pra praticamente todo o país e parece ser bem organizado.
Depois de 10 horas e mais alguns minutinhos de viagem e algumas paradas, cheguei em Pucón quase 7 da manha e fui procurar meu hostel, o Etnico. Achei facilmente, pois a cidade é um quadrado 5x5, porém nao havia ninguem pra me atender e quase ninguem na rua. Um dos cachorros que fica no meio da rua (isso acontece muito em todo o Chile), ficou me seguindo por 1 hora. Era um pastor alemao imenso, rs. Depois de muito esperar, conversar com o pessoal dos táxis, finalmente aparece uma pessoa pra "abrir" o hostel. Só havia um hóspede dentro e, claro, ele nao ia descer pra abrir a porta pra mim.
Até gostei da estrutura do hostel, quartos bem arrumados, banheiro limpinho, escolhi meu quarto e fui evr um video sobre as atividades a se fazer na cidade. Depois fui dormir é claro, já que no onibus o sono foi bastante interrompido.
Acordei às 13 horas e fui na agência que o cara tinha me indicado, a 200 metros do hostel, porque já sabia que queria subir o vulcao. Programei tudo para a quarta feira e fiquei pensando no que ia fazer naquela cidade meio abandonada naquele dia. Decidi entao fazer rafting e o próximo era naquele minuto. só deixei minhas coisas no hostel, pus um calcao de banho e já havia uma van me esperando.
Nunca havia feito nenhum esporte radical antes, mas parece que a adrenalina de estar lá foi mais forte e me veio coragem que nao sabia de onde. Fomos levados ao rio trancuro, se nao me engano, com linda vista para o vulcao e o dia estava de sol. Recebemos os equipamentos e fomos divididos em grupos. Havia 2 brasileiras do rio e já ficamos no mesmo barco.
Primeiro eles dao uma aula sobre como segurar os instrumentos, as licoes iniciais de como remar pra frente, para tras, como girar o barco, como se posicionar dentro do bote, quando segurar, quando pular. Foi bem divertida esta parte inicial. Nao que as outras nao tenham sido, mas é que é dificil mesmo manter o braco forte e remar com ritmo e coordenado, principalmente pra mim que estava na frente do lado esquerdo e as pessoas daquele lado tinham que remar conforme eu remasse.
A água estava a 4 graus e em alguns momentos a gente cai mesmo na água. A única situacao de perigo que vi foi quando cai uma vez e tinha um pouco de correnteza e o barco veio em minha direcao e eu me choquei d costas com uma rocha. Mas o impacto foi pequeno e eu estava bem protegido.
Numa parte a gente tem que sair dos botes e caminhar pela mata já que tem umas partes que nao podemos fazer porque era muito perigoso. quando chegamos na outra parte, pulamos numa altura de uns 4 metros na água para voltar ao barco, muito legal. Nao sei de onde tirei tanta coragem nesse dia.
No final há uma confraternizacao, comes, bebes, inclusive uma cervejinha e o fotografo expoe numa tela as fotos que ele tirou, bem profissionais. A gente compra o Cd com as fotos do grupo que custou 10000 pesos. O rafting alto, o que eu fiz, custa 20000 pesos, e o baixo, 15000.
À noite, sai pra comer pizza com as brasileiras e ainda conheci mais uma no hostel que iria fazer a subida ao vulcao no outro dia.

"La Chascona" e Cerro Sán Cristóban


No meu último dia em santiago, resolvi fazer os programas da Bellavista que ainda nao tinha feito, apesar de ter sido o bairro em que me hospedei. Procurei a casa do Pablo Neruda no final da Pio Nono, onde se deve entrar a direita. Se perguntar, todos vao saber explicar. É onde fica a fundacao pablo neruda. Tem horario certo de visita e paga uma taxa pra visitar, sempre com guia, e o preco vai depender se vai ser em ingles ou espanhol. Fui numa em inglês porque era a mais próxima e eu tinha preca porque estava de viagem programada a noite. A casa é fantástica, apesar de nao ter me impressionado tanto quanto a de Valparaíso. É toda segmentada, mas muito bem cuidada. Os guias fazem muitas brincadeiras com o senso de humor do Pablo Neruda e citam vários artistas de quem ele era amigo, inclusive brasileiros. Dura em torno de 40 minutos e vale a pena. Precos 3500 em ingles, 2500 em espanhol, 1000 estudantes (só espanhol).
Saindo da casa, que já está nos pés do Cerro San Cristóban, quase todas as pessoas fazem o mesmo: dirigem-se ao funicular para subir o morro. Paga 1400 pra subir e descer, pode comprar só ida, só volta, subir a pé, de bicicleta, de carro. Tem uma vista lindíssima da cidade e é um ótimo programa pra família no domingo. Se tiver tempo pode passar no zoológico, que fica no meio do caminho, na subida.

Giratório e Parque Bustamante

Ainda no sábado, após voltar de Concha Y Toro e Valle del Maipo, soube por uma amiga no msn que havia um restaurante giratório em Santiago, com uma vista pra toda cidade e precos acessíveis. Procurei o site do restaurante e como ainda nao havia almocado, resolvi ir lá. Fica na Providencia, logo na saída do metro Los Leones, no Edifício Giratorio, entre as avenidas providencia de 11 de septiembre, no 18o. andar. É melhor fazer reserva antes, deve lotar no jantar, mas como fui as 16h entao foi mais tranquilo. Se voce pegar o cardápio nao vai achar os precos bons, é só pedir ao garcom a carta com os menús del dia. Este sim, bom e relativamente barato. Pedi um menu com carpaccio e palmito de entrada, um paozinho saido do forno na hora, um prato lá com frango delicioso. Fora que voce ainda ganha um pisco sour na entrada e toma vinho da casa durante toda a refeicao. Nao precisa dizer que sai de la embreagado, rss. Uma torta de morango como sobremesa e o restaurante girou mais de 360 graus durante a refeicao inteira, dá pra ver a cidade toda e tirar boas fotos. E udo isso custou 8500 pesos, em torno de 35 reais. Pra quem vive em Sao Paulo, um restaurante como esse ta muito barato.
Na saída do restaurante, já meio tonto, resolvi passar no parque bustamante, que também nao havia ido ainda. É um parque grande, bem arborizado, com cafés, área com Wi-Fi, área pra shows, parque pra criancas num ambiente bem familiar. Show de bola, deitei na grama e até tirei um cochilo, como os chilenos tem o costume de fazer. Recomendo!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Concha y Toro e Valle del Maipo

Hoje resolvi descansar as pernas e ter um pouco de mordomia. Rss. Paguei por um passeio que faz a vosita pela maior vinicula da America Latina, a concha y toro, e pelo valle del rio maipo. Foi um passeio bem interessante, apesar de caro. Paguei 27 mil pesos, mas eles vem buscar e pegar, e como 'e bem longe de Santiago, no suburbio perigoso, achei que valeria a pena.
Eles sao muito profissionais e ja tem uma area especifica para exposicao e visitas. Tem direito a degustacao de vinho branco e tinto, apresentacao de video e ate um mini show numa parte subterranea do Casillero del diablo. Conta toda a historia do Dor Merchot e mostra a Casona e os jardins do fundador da Vina. H'a loja pra comprar vinhos e lembracas.
Depois seguimos o percurso do Rio Maipo pela estrada de San jose del Maipo. Um lugar alto, entre as montanhas e com vista para as Cordilleras. Lugar onde se praticam esportes radicais e cenarios para fotos bem legais.
Amanha faco meus ultimos passeios por Santiago e a noite vou pra Pucon, no sul do Chile.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Centro, Bellas Artes e Cerro Santa Lucia

Continuando meu passeio pelo centro de Santiago, segui pela O'Higgins seguindo o fluxo do rio Mapocho até chegar no Mercado Central, que nao havia dado tempo de visitar da outra vez que fui ao centro. Tem cheiro de peixe e os garcons do mesmo restaurante ficam brigando pra te atender. Mesmo assim resolvi provar dos mariscos do Donde Augusto. Prefiro o Camaroes em Natal.
Caminhando pelo mercado encontrei aquele mesmo casal de Alagoanos que conheci em vina del mar, perguntei se o restaurante era caro e eles nem sequer se deram o trabalho de ver os precos antes de pedir. Rss. Ainda devem ter me achado muito poble.
Saindo de lá a uns 300 metros se encontra a estacao Mapocho, uma antiga estacao ferroviaria com uma estrutura arquitetonica bem bonita. Tava tendo uma feira de microempresários, era mais artesanato mesmo.
Depois peguei o metro em direcao a Bellas Artes, sai pela entrada do museo de Bellas Artes, mas ja estava de saco cheio de museu entao fui atras do Cerro Santa Lucia. Este sim, é bem interessante de visitar. O morro foi todo estruturado com bancos, arvores, e tem muita gente sentada na grama. Dá pra chegar lá no topo e ver a cidade, os andes, sem perceber que subiu aquilo tudo. Vale mesmo a pena. Pena que foi na hora que minha camera descarregou, entao nao tirei fotos suuuper legais lá.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Providencia e Las Condes

Quarto dia e resolvi ficar por Santiago mesmo, até porque ontem passei num bar aqui da Pio Nono e tomei uma Escudo com as papas fritas mais ensaladas da minha vida. Acho que o garcom nao foi muito com minha cara, apesar de ter ficado falando de futebol brasileiro.
Seguindo a pé mesmo pela Alameda, passei pela Plaza Italia, que é aqui próxima e por onde passo todos os dias pra chegar no metro. Depois passei no parque florestal. Daí cansei de andar e nunca desejei tanto um shopping com ar condicionado na minha vida. Peguei um metro até a estacion los leones atrás do Mall Panoramico. Que decepcao... rs. É um shopping popular e ultra pequeno, mas resolvi almocar por la mesmo ja que estava com fome.
Depois sai andando pelas ruas de providencia, bairro que fica no meio do caminho entre o centro e os bairros de elite, las condes e vitacura, meio sem graca, mas que parece que tem crescido ultimamente. Voltando no sentido da Alameda, procurei o Parque de las esculturas. Um parque muito legal, com muitas esculturas imensas de artistas chilenos entre as árvores. Tem uns milhos enormes, rss, vista para rio Mapocho e cerro san cristoban. Voltando pra avenida providencia pela pedro de valdivia, resolvi tomar uma conducao a las condes, já que vi tantas por ali, atras da famosa Alonso de Cordoba (Oscar Freire de Santiago) e do famoso shopping Parque Arauco. A Alonso deixa muito a desejar, parece uma rua de bairro americano com calcadas largas, jardins e casaroes que sa lojas famosas, mas quase ninguem na rua.
O que mais me impressionou mesmo foi o Boulevard del Parque... uma área grande ao ar livre na entrada do shopping com barzinhos, starbucks, fridays, cafés. Lugar bonito, com esdas rolantes e teloes. Diz que dias de domingo e feriado metade da cidade vai pra lá. O shopping tem lojas famosas, tem Ellus, uma praca de alimentacao boa e as famosas ancoras Fallabella e Paris, nesta ultima onde cmprei um chinelo bem bacana, pois havia esquecido o meu. Rss. Já calcei de uma vez e fui embora. Peguei uma conducao na frente do shopping que deixa na estacion escuela militar, mesma linha do metro Baquedano. Fácil e Rápido.